A ONG Mangateca Comunitária Dicria é a pioneira biblioteca de mangás (história em quadrinhos de origem japonesa), destacando a participação ativa de grupos prioritários, notavelmente com duas lideranças negras.
Arte é um dos pilares da Redley e vocês já tão ligados nisso, né? Procurando valorizar quem faz e incentiva movimentos artísticos pelo Brasil, a Redley esbarrou com a jornada “Mangaka DICRIA” da ONG AnimeDICRIA, um projeto que tem como objetivo ensinar e fomentar a criatividade artística das crianças do morro do Fallet, com base na cultura oriental aqui no ocidente.
A iniciativa veio de Edson Cura e Pamela Pereira, ambos fundadores e diretores executivos da Mangateca, junto dos colaboradores da ONG, todos artistas, produtores e profissionais da cultura, espalhados pelas periferias do Brasil.
A “Jornada Mangaká DICRIA” também tem incentivo da Prefeitura do Rio de Janeiro. Ao todo, serão duas turmas, separadas por faixa etária, uma compreendendo a infância e a outra a adolescência, através de um plano de ensino adequado a cada idade.
O projeto possuirá duração de 6 meses, com início no dia 6 de abril, término em setembro e tem como base a Mangateca, concentrada no morro do Fallet, no centro do Rio de Janeiro. As inscrições já estão encerradas e você pode conferir mais detalhes indo direto no perfil do AnimeDICRIA no instagram.
Durante a jornada, as turmas serão orientadas a elaborarem ao longo das aulas uma peça artística de mangá (história em quadrinhos de origem japonesa) ou história em quadrinho (ocidental) e a peça final sendo apresentada no mês da formatura, ao final do curso.
O evento de formatura terá convite aberto para a comunidade (e página do @animedicria), assim como para os familiares das crianças.
Quem cuidará das aulas?
O curso contará com os professores: ByuLa (@fa_byula), musicista e animador 2D; tem trabalhos com o Museu de Arte Moderna através da Residência Artística em 2022, e, Caroline Muniz (@_carolinehobbit_) licencianda em filosofia; tem histórias em quadrinhos publicados através do programa de Almanaques para a Popularização da Ciência da Computação.
Mas afinal, quem lidera a Mangateca Comunitária DICRIA?
Edson Cura, também conhecido como Ed Cura, lidera a iniciativa como Fundador e Diretor Executivo. Sua atuação é crucial, abrangendo captação de recursos, programas, promoção da causa, monitoramento do progresso e administração geral, com o propósito de impactar positivamente crianças e famílias apoiadas.
A Diretora Executiva, Pamela Pereira, mulher negra e parte da comunidade LGBTQIA+, além de fotógrafa do projeto, colabora estrategicamente com Edson Cura em decisões cruciais, assegurando liderança diversificada e perspectivas amplas para atingir os objetivos estabelecidos. Juntos, eles impulsionam a inclusão e transformam vidas.
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O TERRITÓRIO
O território do Fallet, apesar de se localizar no centro da cidade, não possui muitas opções de recreação e convivência, tornando a Mangateca Comunitária DICRIA um espaço importante para construção de vínculo comunitário entre as crianças, além de gratuito no sentido de fortalecer arte e cultura como um direito e não como mercadoria.
Pamela Pereira Diretora Executiva do projeto diz:
Funcionando de modo contraturno, ou seja, no horário oposto ao escolar, é um espaço de incentivo à cultura e lazer diferenciado por trabalhar com obras do universo da animação e literatura japonesas.
A proposta do Anime DICRIA é fomentar a produção de arte para crianças e pré-adolescentes interessados em se aventurar no mundo da imaginação dos desenhos japoneses e a elaborar uma obra literária com similaridade às histórias em quadrinho, assim como um livro ilustrado.
Ela visa que crianças da periferia possam produzir, pela primeira vez, uma obra de mangá autoral, em que impacte positivamente na qualidade de vida e no crescimento das mesmas. Promovendo a produção comunitária ao organizar uma peça artística que favoreça a reflexão sobre o reconhecimento de si no coletivo.