Fechando com chave de ouro: confira como foi a última noite do Quintas Quentes

Dree Beatmaker, JOCA e Delacruz encerraram esse evento que já ficou marcado na história

Ficou marcado. O dia 24 de fevereiro de 2022, a Redley, o Circo Voador e o público presenciaram alguns dos shows mais incríveis dos últimos anos, marcando uma colaboração assertiva, que reuniu artistas de todo o Brasil com um objetivo: fazer história.

Fazendo jus ao nome do festival, a noite estava quente. Dree Beatmaker, JOCA e Delacruz chegaram somando lado a lado com suas equipes incendiando a Nave Mãe e deixando todos os presentes com o gostinho de quero mais. 

Da BXD pro mundo

Dree começou a discotecar aos 10 anos de idade, incentivado por seu pai. Focado em trazer para o público o melhor em seu set, o DJ  trouxe uma série de convidados, aquecendo ainda mais a noite. 

Tocando muito hip-hop, variando entre clássicos e os hits mais recentes, Dree passeou no palco, trazendo sua “visão de cria” e sua experiência de caminhada.

A primeira vez que eu colei no Circo Voador foi com o Baile do Ademar e chegar aqui hoje, onde eu junto com os outros artistas do line é muito foda. Eu cresci com meus pais falando da Redley e do Circo voador, por isso poder fazer parte disso tudo me deixa felizão”, comenta o DJ.

foto: @ilovemyanalog
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A salvação é pelo risco

Um dos grandes nomes do rap carioca e membro da Ujima Gang, JOCA  subiu ao palco do Circo com uma banda incrível, composta por amigos, sócios e parceiros de caminhada.

Cantando músicas do seu último disco, o MC estava radiante. Com Ciana na contenção trazendo as linhas melódicas, o rapper fez o que sabe de melhor, construir uma energia em volta das suas músicas, fator este que pode ser sentido tanto nos fones quanto nas caixas do Circo Voador. 

Nimbo foi um dos pontos altos da performance, a faixa é um Afro House e tem um swing muito bem cadenciado, fruto de muitas pesquisas e um flow que só o artista tem.

Meu pai já trabalhou aqui no Circo e eu cresci ouvindo eles falarem dessa casa. Por isso chegar hoje aqui, trazer um público que me ouve, mesmo eu não tendo números exorbitantes é algo muito generoso da parte da galera. Eles respeitam meu ritmo de lançamento e a forma como eu projeto meus sons”, disse JOCA.

foto: @ilovemyanalog

Beca Eler, Produtora Cultural e manager do artista, falou um pouco sobre a experiência de estar lado a lado do artista, encabeçando a equipe nesse momento tão importante.

Fazer a produção do JOCA no Circo Voador foi especial, principalmente por tudo que aconteceu com a gente, individual e coletivamente. Trabalhar com música no Brasil é uma tarefa difícil, muito desafiadora. São nesses momentos onde a gente vê de perto a amplitude que o trabalho vai tomando, vai crescendo. Nos enchem de esperança, dando certeza que a direção que a gente tá seguindo é a correta.

Uma coisa muito importante que eu senti enquanto produtora e amiga, foi mostrar o JOCA enquanto artista e o JOCA como marca artística. Eu sinto muito orgulho desse trabalho que é coletivo, é nosso”,
disse.

foto: @ilovemyanalog

O fenômeno Delacruz

O músico chegou no Backstage do Circo Voador com um carisma invejável, cumprimentando todos os profissionais e o público presente no local, mostrando que a simpatia vem de berço.

Em um momento de transição entre o primeiro e o segundo show, conseguimos trocar uma ideia com o cantor, que trouxe ideias interessantes sobre essa parceria.

Para a gente que cresceu no subúrbio, a Redley é uma marca muito falada, todo mundo sempre quis usar, ter uma peça. Ser convidado para esse evento, encerrando essa noite maravilhosa é algo que eu quando era menor nem imaginava”, comenta o cantor. 

foto: @ilovemyanalog

No show, Delacruz cantou seus principais clássicos. Uma discografia potente, que soma centenas de milhões de visualizações e hits, lado a lado com o Poesia Acústica. 

Como se já não fosse redondo esse set, o artista trouxe clássicos do Rodriguinho em seu auge com Os Travessos, além de hits do Claudinho e Buchecha, reafirmando sua cultura periférica crescendo nos anos 90.

foto: @ilovemyanalog

E foi nesse clima que o Quintas Quentes chega ao fim. Foram 4 noites, 12 artistas, trazendo o melhor de suas performances para o Rio de Janeiro, fortalecendo ainda mais a cultura e a relação do público com esses espaços.

Uma coisa é certa: temos um encontro garantido no ano que vem.