Apesar da celebração e encontro de atletas do Breaking de todo o mundo em Paris, o esporte foi removido das próximas Olimpíadas, mas será que o evento precisa mesmo do esporte?
O Breaking enquanto estilo de dança surgiu por volta de 1920 e esteve presente no surgimento do hip hop, no Bronx, no final dos anos 70. Ele é um movimento braço da cultura negra e latina, que surgiu com o objetivo de pacificar as disputas por território que existiam nas regiões periféricas.
Contextualizando o movimento
No início do Breaking, os indivíduos que antes viviam o corre das gangues, passaram a se estabelecer em crews e disputar através da dança quem era o melhor. Por acompanhar o hip hop em seu início, o breaking se tornou um elemento chave para que ele se tornasse um dos movimentos com maior número de adeptos ao redor do mundo.
Nessa fase, lendas dos toca discos como os DJs como Kool Herc, Grandmaster Flash e outros organizavam inúmeras festas de rua em seus bairros, mixando ao vivo para prolongar o breakdown das faixas, o que direcionava o público para as pistas, dando vida a termos utilizados até os dias de hoje, como o B-Boy e a B-Girl.
A entrada do Breaking nas Olimpíadas
Selecionado como um dos esportes que passariam a fazer parte das Olimpíadas de Paris 2024, o Breaking teve um momento histórico celebrado por milhares de atletas e entusiastas do movimento ao redor do mundo.
Mas o ponto aqui é a observação sobre o Breaking como um movimento cultural que não depende das Olimpíadas, porém, a visibilidade entre outras esferas sociais, poderia possibilitar investimentos maiores através de marcas, agências, patrocinadores e toda a estrutura que os atletas necessitam para atuar em alta performance.
Apesar das críticas o Breaking fez sua estréia e apresentou ícones e recordes atraindo os olhares de todo o mundo no último final de semana.
Confira os melhores momentos do Breaking em Paris 2024
Breaking é removido das Olimpíadas de 2028… Mas será que o esporte precisa do evento?
O Breaking foi removido das Olimpíadas de Los Angeles em 2028, mas a pergunta que fica não gira em torno dos atletas mas sim da comissão que administra o evento, descredibilizando o esporte que é um dos principais braços do Hip Hop, servindo como influência pra toda a indústria cultural.
Confira os principais destaques mundiais do Breaking
No mundo do breaking, alguns nomes se destacam pela sua habilidade e conquistas. Entre eles está B-Boy Lilou, da França, que ganhou fama ao vencer o Red Bull BC One em 2005 e 2009, sendo reconhecido por seu estilo único e movimentos expressivos.
Outro destaque é B-Boy Menno, da Holanda, conhecido por sua criatividade e vitórias em competições importantes, incluindo o Red Bull BC One em 2014, 2017 e 2019.
Da Coreia do Sul, B-Boy Hong 10 é uma lenda, famoso por sua força e controle, com conquistas notáveis como no Red Bull BC One e na Battle of the Year. Ainda da Coreia, B-Boy Wing se destaca por sua habilidade técnica, tendo vencido o Red Bull BC One em 2008.
No cenário feminino, B-Girl Ayumi, do Japão, é reconhecida por seu talento e várias vitórias internacionais.
Do Brasil, B-Boy Neguin é um dos mais renomados, com uma energia incrível e estilo único, que o levaram a vencer o Red Bull BC One em 2010. Ainda no Brasil, dentre as principais b-girls estão B-Girl Itsa, conhecida por sua energia e técnica, e B-Girl Drika, que se destaca pela sua versatilidade e presença em competições importantes.
Da Rússia, B-Girl Kastet se destacou ao ganhar o Red Bull BC One em 2019 e 2021, impressionando com sua força e técnica.
Outro nome importante é B-Boy RoxRite, dos Estados Unidos, conhecido por suas inúmeras conquistas e pela consistência em suas performances ao longo dos anos.
Por fim, não faltam expoentes do Breaking no mundo. O esporte é uma força que impacta diversas áreas da nossa cultura: música, arte, audiovisual, comportamento e tanta outras. Um esporte que vai muito além da competição. É um movimento. Quem perde são as Olimpíadas.