Em uma noite que vai ficar cravada na história do Rap nacional, BK’ dá sold out na Apoteose, apresentando seus principais clássicos, no show da turnê de encerramento do seu último disco, “Icarus”.
Eu fiz o meu nome nas ruas
BK’é o nome da rua, Abebe Bikila é o nome do berço. O artista tem 35 anos e é um dos principais nomes da cena hoje.
Furando a bolha do rap, vimos, em menos de 10 anos, BK’ solidificar seu nome na indústria com clássicos inquestionáveis: “Castelos & Ruínas”, em 2016, “Antes dos Gigantes Chegarem“, Vol. 1 e 2, em 2017, “Gigantes“, em 2018, “Líder em Movimento”, em 2020, Cidade do Pecado, em 2021 e, por fim, Icarus, que coloca o artista no topo, com muita criatividade e conceito.
Passados 9 anos desde o lançamento de “Seguimos na sombra”, sua mixtape com o Néctar Gang, o caminho do BK’ até a Apoteose enfrentou inúmeros desafios, mas em todos, o artista trouxe consistência. Abebe sempre fez movimentos relevantes, entregando bons clipes, boas peças sonoras e principalmente incríveis composições, que são sua marca registrada.
De shows lotados no Circo Voador, a abertura da turnê na Fundição Progresso, a campanha de Icarus é uma das mais potentes da música no século XXI, mostrando que o Hip Hop é o gênero do momento e ele é um dos detentores desse posto.
Encerrar a turnê de um disco de sucesso é uma tarefa árdua e aqui, BK conseguiu com maestria se equiparar aos maiores nomes do mainstream, fazendo isso com uma noite de rap, como tudo começou. Depois de Icarus (2023), o nome do artista dá uma guinada maior do que nos últimos projetos, então, que tal dobrar a aposta?
Me veja fazendo história, guarde meu nome na memória
No último sábado (06/04), mais de 24 mil pessoas se reuniram na Apoteose para assistir o show do Bk’. Com participações de grandes nomes da música nacional como João Gomes, L7nnon, Djonga, Duquesa, Luccas Carlos, Major RD, Sain e Gigantes, o artista celebrou o que segundo o próprio foi o maior show da sua carreira, tirando onda na apresentação e principalmente na estrutura do evento. Uma completa aula pra concorrência.
O time da Kenner se fez presente no evento com uma estrutura classe, criando um espaço para os fãs gravarem suas próprias versões das músicas, além de presentear os artistas do Line com modelos exclusivos da marca em uma ação que só fortalece o posicionamento da nossa sandália nas ruas.
E no final, o sonho é igual
Não conheço quem esteve na Apoteose e não saiu com a memória marcada por essa experiência única. A estrela da noite, junto com o time da Gigantes, seu selo, presentearam o Rio de Janeiro com um verdadeiro espetáculo. Palco, staff, organização, produção equiparável aos dos grandes festivais em proporção e rico em organização e qualidade.
Bk’ tocou o Sol e em “Icarus: A Apoteose”, nome do show. Sua ascensão foi isenta de declínio. Diante disso, é impossível não imaginar o que o próprio planeja para o seu futuro. Sua habilidade de atrair multidões e criar momentos históricos é inegável, digna da carreira que ele construiu entre 2015-2024.
Analisando friamente a noite, percebo que Abebe Bikila, solidificou seu lugar na história da música nacional..O artista é brilhante e segue inspirando gerações futuras. Que ele continue a levar seu universo para novos patamares.
Um fato que não pode ser deixado de lado é o papel de Gigantes no corre do BK’ e a liderança que ele exerce. Diazz, M$E, Yannick Nobre, CHS e FyeBoiii foram potência no lançamento de “Verão Criminoso” (2023), primeira mixtape do selo. O lançamento contribuiu para um alcance ainda maior na proporção do corre de BK, além de permitir que o artista dividisse o palco com quem mais bota fé e acredita na arte.
No fim é isso, a arte inspira novas gerações, que inspiram outras e até aqui Bk’ tem feito uma incrível contribuição para a arte.
Pra fechar, seria incrível se ele pegasse esse modelo de show que foi um verdadeiro sucesso e transformasse em um festival anual, mas o que nos espera, só os próximos passos podem dizer.
Texto por: Marina Maux e Matheus iéti.