O Circo Voador é uma das principais casas da música brasileira. Por isso, estar lado a lado de grandes nomes que transformaram o cenário nacional é o sonho de todo artista e na última quinta-feira não foi diferente. Tivemos shows completos de Curumin, Tropicals e Francisco, el Hombre.
Ao contrário dos primeiros dias do festival, na última noite a chuva surgiu mas isso não foi o suficiente. Vimos uma casa cheia e a fila de bilheteria lotada, confirmando que o papel do Quintas Quentes está sendo cumprido, atraindo cada vez mais amantes da cultura para o Circo Voador, celebrando essa parceria em grande estilo.
O DJ Set mais quente:
A abertura ficou por conta de Tropicals, duo formado pelos irmãos gêmeos Ian e Igor Cals, em uma apresentação incrível com muita música brasileira e elementos que iam do samba ao maracatu acolhendo o público de forma majestosa.
O Circo é a meca da música carioca e depois de estar tanto tempo na platéia, estar hoje pela primeira vez como artista aqui, nesse palco é algo incrível. O set foi super pensado com o objetivo de extravasar o que a gente já viu aqui como público“, comenta Ian.
Igor completa:
O Circo Voador é a casa que eu mais estive presente enquanto público e estar vendo a galera de cima do palco, agitando a pista, é uma parada que me emocionou bastante, principalmente por dividir o line com Curumin e Francisco, el Hombre, duas bandas que eu admiro e sou fã“.
Uma performance exuberante:
A entrada de Curumin foi marcante, todos vestidos com traje anti-radiação simbolizando um momento sensível e delicado para nossa sociedade e como esse afastamento está presente mesmo com o retorno gradativo da produção cultural no Brasil.
Um show repleto de clássicos que fizeram parte da história da banda que estava em alta performance, hipnotizando o público com o jogo de luzes no palco, aliado a apresentação marcante.
Marianna Ferro foi a vencedora do nosso último concurso, a escritora ganhou um par de ingressos e contou um pouco sobre a experiência de estar presente no show:
Eu já tive a oportunidade de curtir um show do Curumin em festival, mas a experiência no Circo Voador é sempre marcante. Eu acompanho a banda faz um tempo e com a pandemia infelizmente os shows foram adiados, daí logo que vi que ia ter o show no Circo eu decidi que queria ir e de quebra ganhei a promoção e um par de Redley Originals.” Disse.
Estar construindo uma rede com o público e sentir a presença das pessoas é algo sem explicação e subir no palco do Circo Voador com um convite tão marcante tá sendo especial”, comenta Curumin.
Encerrando a noite com posicionamento
Se existe uma palavra que pode definir o show de Francisco, el Hombre, ela é o posicionamento. Entrando no palco com um grito de repúdio ao atual governo e uma voz de apelo pela mudança, quem estava atento pôde notar a importância de termos bandas grandes, de expressão fazendo esse trabalho não apenas nas redes sociais mas também no palco, na rua, onde a política de fato acontece.
O show também trouxe grandes clássicos e faixas do seu último trabalho “Casa Francisco”, projeto esse que fez o público balançar e trazer mais calor para nossa terceira noite de Quintas Quentes.
A gente cresceu vendo grande parte dos artistas mais importantes da música vindo ao Circo Voador, quando a gente pisou no palco a primeira vez foi a realização de um sonho, quando a gente veio na segunda vez, foi a confirmação que o público e a própria casa estavam apoiando nosso som, daí viemos a terceira, depois a quarta, depois a quinta e o Circo passou a se tornar nossa segunda casa, um sentimento muito profundo”, comentam os irmãos Sebastián e Mateo.
A noite se encerrou deixando aquele gostinho clássico de “quero mais”. E pra fechar essa parceria incrível entre a Redley e o Circo Voador, no dia 24 de fevereiro Delacruz, JOCA e Dree Beatmaker fecham com chave de ouro esse projeto de sucesso.
Até a próxima.